A travessia de Cusco até Santiago foi dolorosa. Basta jogar as direções no mapa e ver quanto tempo demorou pra chegar lá. É óbvio que de ônibus demorou um pouco mais.
Não tinha tempo para parar pelo caminho, mas se você tiver tempo, assim que passar por Copiapó e Calama, vale a pena se planejar para visitar o Atacama que é super por ali mesmo.
A travessia nos garantiu boas horas de sono, várias mudanças de lugar e algum bom tempo sem poder tomar banho ou sair do ônibus. Só saíamos do ônibus quando a polícia parava para revistar as malas. Sim, isso é muito comum no Chile. Revistas bagagem de mão, malas. Checar documentos. O tempo todo isso acontece. Não é à toa que é o país mais seguro da América do Sul.
Atravessar a fronteira com o Chile exige alguns cuidados se você quiser não perder muito tempo com ela. Retirei do site do Portal Consular um trechinho que fala sobre isso.
Os problemas mais freqüentes enfrentados pelos viajantes brasileiros quando da entrada/saída no Chile são:
i) Entrar no Chile com produtos ou subprodutos de origem animal ou vegetal sem ter declarado expressamente tal fato no momento de ingresso no país às autoridades do “Servicio de Agricultura y Ganadería” do Aeroporto, no formulário de declaração de bens e bagagem. A entrada de produtos proibidos ou que não tenham sido declarados acarreta multa, que, em alguns casos, pode ter montantes bastante elevados (freqüentemente acima de US$ 200.00). Lista dos produtos proibidos e maiores detalhes encontram-se descritos no link http://www.sag.cl Sugere-se consultar as autoridades consulares chilenas no Brasil sobre o ingresso de animais domésticos no país.
ii) Outro problema é a não apresentação, na saída do Chile, do cartão de ingresso no país. Recomenda-se ao passageiro que guarde o referido cartão, devidamente carimbado pelas autoridades de imigração chilenas na entrada, junto ao passaporte ou junto à carteira de identidade, para sua posterior apresentação à saída. A perda desse cartão costuma acarretar atrasos na partida, além de outros inconvenientes.
Fonte: Chile – Itamaraty MRE
Para atravessar a fronteira você precisa pegar um ônibus até Arequipe e de lá alugar um carro. Esse carro atravessa a fronteira com você e suas malas e te deixa do outro lado. Não exatamente um processo rápido, mas é aparentemente a única forma de fazer essa travessia. Demora um pouco até revistarem as malas.





Ao todo foram 54 horas de ônibus e muito deserto. A extensão quase toda do Chile é cortada por desertos. É só areia e estrada até chegar em Santiago. Não fiquei muito tempo por lá. Talvez por isso não tenha gostado da cidade. Parece São Paulo só que com menos gente. É bastante urbana e limpa. Você se sente seguro o tempo inteiro, mas não é bem um lugar com vários atrativos. Exceto Viña del Mar, o resto é bastante comum. Nada que me fizesse voltar pra lá.

Em tempo: tentar tomar banho de mar pode ser muito difícil. O Oceano Pacífico é geladíssimo até mesmo para os cariocas que estão acostumados com águas geladas como eu.



Esse carro que vocês alugaram é um taxi? E depois que entram no Chile, facil conseguir onibus para ir para Santiago? Ou vocês tiveram que ir indo de cidade em cidade?
Lá na fronteira mesmo têm vários carros que oferecem esse serviço de atravessar. Eles levaram a gente até a rodoviária mais próxima e lá compramos a passagem de ônibus pra Santiago, que durou 54h e fez 7 paradas com troca de lugar.
54horas???? É isso mesmo?? Ta dificil conseguir informações de como ir de Arequipa p Santiago de onibus
Sim, João! É isso mesmo. Sem exagero.
Apenas um ônibus e várias paradas.