Com a passagem que compramos para Cusco, seguimos para Desaguadero para fazer a fronteira. Carimbamos os passaportes e cruzamos a fronteira com nossas malas em busca de um ônibus de uma viação que não existia. Logo descobrimos que não era necessário ter passagem e que também não fazia diferença qual ônibus pegar. Todos levariam para Puno.
Chegando em Puno, procuramos pela nossa passagem. Descobrimos dessa vez que os tickets tinham nomes de pessoas diferentes. Por exemplo eu, que me chamo Thais embarquei com o ticket de uma tal Soraya. Meus amigos todos embarcaram com nomes femininos também. O ônibus parecia ser bom e até era de dois andares. Como eu estava sozinha na parte da frente do ônibus, abracei minha mochila e dormi sob efeito do meu tão querido Polaramine. Achei que a viagem tinha sido ótima até que descobri que durante a noite um sujeito qualquer entrou no ônibus, sentou no fundo e furtou a mochila de uma mulher. Meus amigos passaram a noite em claro e por sorte eu estava dormindo e não vi nada.
Assim que entramos no ônibus em Desaguadero um homem ofereceu hotel em Cusco. Disse que era muito difícil conseguir onde ficar e que deveríamos fazer uma reserva de 10 dólares cada. Assim que escolhemos nosso hotel num cardápio ele disse que Maria Sotomayor nos esperaria na rodoviária. Nosso ônibus já estava atrasado tinha um bom tempo e aquele era o momento de esperar um golpe. Tinha dado tudo estranhamente certo até então.
Com duas horas de atraso, alguém grita Xenan (Rennan, na língua deles) na rodoviária e descobrimos que aquela era Maria, que nos ajudou a colocar as malas no carro e pagou um taxi. Ela também disse que o hotel que reservamos não tinha vaga e por isso ela ia nos levar para um melhor. Fechado. Realmente era um bom hotel e central. O Hotel del Sur é realmente bom e confortável e tinha um preço bem em conta.

Maria nos ofereceu um pacote para Machu Picchu + Valle Sagrado + Aguas Calientes. Tudo por 200 dólares à vista. Ao todo, 1000 dólares. Era motivo suficiente para acharmos que daquela vez não passava e ela ia fugir com o nosso dinheiro. No lugar disso, uma van chegou no hotel para o passeio.



Naquela noite eu tinha passado muito mal e não conseguia parar de vomitar. Talvez por causa da comida. Os recepcionistas do hotel me ofereceram chá de coca, o famoso remédio que cura tudo. Segui o passeio mesmo assim.
Além desse valor tinha também 70 soles para entrar no Valle Sagrado. É um passeio que vale super a pena. O passeio começa em Cusco, segue para O Valle Sagrado (Pisac, Ollantaytambo) onde você pega o trem para Aguas Calientes. Existem duas empresas, mas por um pouquinho mais você pode ir de Inca Rail que tem uma estrutura melhor do que a Peru Rail.

Vale a pena dormir também em Aguas Calientes. Nós ficamos pertinho das piscinas termais, no Hostel Las Rocas. Um lugar muito mais que honesto e com muito barulho de cachoeira atrás.
Na manhã do dia seguinte compramos nosso ticket para Machu Picchu. Se vale uma dica, levem o passaporte. Machu Picchu tem uma stamp para passaporte linda que vale super a pena colecionar. E se você for corajoso, pode tentar subir Wayna Picchu também. Os tickets são super concorridos.

Aquele é um lugar incrível, mesmo com toda a neblina e chuva de um verão por lá.
Aproveite para conhecer as piscinas termais. Algumas horinhas e por um preço bastante barato são suficientes.


Cusco é uma cidade linda, limpa e encantadora. Igrejas lindas, pessoas fofas e não sei mais quais motivos enumerar para gostar tanto de lá. Já falei umas tantas vezes e repito. Não sei qual o motivo de gostar tanto de lá. Sei que vale a pena conhecer.




Em tempo: o parque fica fechado durante um período do verão por conta das chuvas. Antes de programar sua viagem é bom se informar.
Um brinde a Cusco e aos amigos que fiz por lá com muito pisco sour!
Oii tudo bem?
Em que época do ano você foi?
Obrigada, e parabéns pelo conteúdo do blog!
Beijos
Gabi
Oi, Gabi. Fui em janeiro de 2011. Os valores já devem ter mudado mas acredito que não muito.
Obrigada Thais! É que estou pensando em ir em Janeiro também, e fazer a trilha Inca. O problema é conciliar as chuvas, pois quero aproveitar e conhecer o Salar de Uyuni alagado! rs
O salar alaga mais pro final de janeiro. Eu cheguei lá 1 semana antes de alagar. O problema disso é que essa época também chove em Machu Picchu e a visibilidade é bem ruim. No dia que fui estava bem nublado.
Ah, não esqueça dos casacos pq mesmo em janeiro faz muito frio.
Aaah sim, entendi!! Bom, vou tentar me organizar da melhor maneira possível então. Muito obrigada pela ajuda! Beijos
De nada!
Quando fui lembro que o valor da trilha inca era 400 dólares e ela dura de 4 a 6 dias. Não cheguei a fazer por falta de tempo.
Bom saber, pelo menos pra ter um norte! Obrigada mais uma vez 🙂